segunda-feira, 3 de junho de 2013


JOSÉ ANTONIO CORDÓN E O ECOSSISTEMA DO LIVRO DIGITAL


A comunicação de José António Cordón, na Faculdade de Letras de Lisboa, no passado dia 29 de Maio, perante uma plateia composta maioritariamente por alunos e professores do curso de Ciências Documentais, teve como ponto de partida a mudança de paradigma que está a acontecer nos livros e na leitura. Os livros em papel estão a dar lugar aos livros electrónicos.
A leitura linear, a que os livros tradicionais nos habituaram, tende a ser substituída por uma leitura fragmentada. O livro tradicional, o objecto perfeito e acabado, em que o autor e o editor têm o papel mais importante, dá lugar ao livro electrónico, decomposto em capítulos, enriquecido com metadados e processos colaborativos, visível nos mais diversos contextos, desde os catálogos às redes sociais. Neste paradigma, o autor e o editor são apenas uma parte do processo. A outra parte, de igual ou maior importância, está nas plataformas digitais, no software e nas aplicações que permitem a visibilidade e a usabilidade do livro electrónico.
É, precisamente, neste novo contexto que reside o drama da produção científica actual, como reforçou José Afonso Furtado, um dos intervenientes no debate. O mercado mundial dos livros electrónicos é dominado por um pequeno número de editoras comerciais, que privilegiam a língua inglesa, as ciências aplicadas e as áreas que interessam aos países mais desenvolvidos. Em Espanha, como aliás tem acontecido na América Latina, têm surgido novos projectos, como o priemiado E-lectra, de que J. A. Cordón, é responsável, e o desenvolvimento da plataforma Scielo para estudos humanísticos e para as ciências sociais, em castelhano.




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